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“O toque não substitui a mamografia”, alerta mastologista sobre prevenção ao câncer de mama

17 de Oct de 2018

Só em 2018, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o surgimento de mais de 59 mil casos de câncer de mama no Brasil – destes, 680 seriam em Mato Grosso e 220 em Cuiabá. No que se refere ao possível diagnóstico, a mamografia, o exame clínico e o autoexame são fundamentais e insubstituíveis na prevenção da doença.
 
Ginecologista, obstetra e mastologista do Hospital Infantil e Maternidade Femina, Fernanda Monteiro Siqueira Juveniz explica que muitas mulheres não se mantêm em dia com a mamografia em razão do autoexame. A conduta, no entanto, é amplamente reprovada por especialistas.
 
“O toque não substitui a mamografia e vice-versa. O autoexame regular, uma vez ao mês, é uma importante ferramenta de autoconhecimento que auxilia a mulher a notar mais facilmente um nódulo, mas não anula a ida ao ginecologista. A mamografia, além de detectar tumores, pode fazê-lo com maior eficácia e garantir um diagnóstico precoce”, explicou.
 
De acordo com a médica, a detecção precoce aumenta em 90% as chances de cura do câncer de mama. Por este motivo, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) aconselha que mulheres com mais 40 anos façam anualmente a mamografia periódica ou de rastreio.
 
Dentre os pacientes pertencentes ao grupo de risco do câncer de mama, estão mulheres, mulheres idosas, pessoas com histórico familiar positivo em parentes de primeiro grau que viveram o diagnóstico antes dos 50 anos ou nas duas mamas (câncer bilateral) – nos últimos casos, é indicado que o acompanhamento pela mamografia se inicie dez anos antes da idade em que a pessoa familiar foi diagnosticada.
 
“Menstruação precoce, menopausa tardia, a ausência de gestação e de amamentação e a terapia de reposição hormonal também são fatores estatísticos que aumentam o risco de câncer de mama”, esclareceu a mastologista.
 
Já pacientes com menos de 40 anos devem se precaver por meio de consultas anuais ao ginecologista e do autoexame mensal.
 
AUTOEXAME – É indicado que o exame do toque seja realizado durante o banho, com as mãos ensaboadas, ou na cama, com o corpo deitado. Deve-se levantar um dos braços, colocando a mão atrás da cabeça, e palpar cuidadosamente a mama com os dedos da outra mão.
 
Depois da palpação da mama, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de líquido. Já em frente ao espelho, é importante observar o tamanho, forma e cor das mamas, assim como inchaços, abaixamentos, saliências ou rugosidades. 
 
Assessoria de imprensa Femina - ZF Press

Fonte:Assessoria