Nesta sexta-feira (06/06) é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, uma data que reforça a importância da triagem neonatal para a detecção precoce de doenças que podem comprometer seriamente a saúde dos recém-nascidos. O exame, realizado entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê, consiste na coleta de gotas de sangue do calcanhar ou pulsão venosa, e permite identificar enfermidades que, quando tratadas precocemente, garantem um desenvolvimento saudável à criança.
 
O Teste do Pezinho integra o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), que na sua versão básica contempla seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
 
Além disso, o programa está em expansão, conforme previsto por lei regulamentada em 2021, com a meta de ampliar o número de doenças rastreadas em até cinco anos. A primeira fase da ampliação inclui a triagem para toxoplasmose congênita, e a etapa final prevê a inclusão da atrofia muscular espinhal.
 
Segundo a pediatra e neonatologista Fernannda Pigatto Vilela, diretora clínica do Hospital e Maternidade Femina, em Cuiabá, o exame é vital para a saúde pública.
 
“Algumas doenças, quando detectadas logo no início da vida da criança, permitem que o bebê tenha acesso ao tratamento de forma assertiva, prevenindo complicações e, em alguns casos, sequelas irreversíveis que podem levar ao óbito. Por isso, o principal objetivo de realizar o teste do pezinho entre o terceiro e o quinto dia de vida é justamente esse”, explica a médica.
 
Apesar da obrigatoriedade do teste básico na rede pública (SUS), a ampliação para outras doenças depende da estrutura de cada estado, o que gera desigualdade no atendimento entre os sistemas público e privado.
 
“Infelizmente, em algumas regiões, a dificuldade de acesso ao profissional impacta diretamente na realização do exame. Isso cria uma cadeia de problemas: a família não recebe a informação adequada, o exame não é coletado no tempo certo, o diagnóstico não é feito precocemente, e o bebê pode não receber o tratamento necessário a tempo”, alerta a profissional.
 
Ela destaca ainda que o teste detecta doenças que nem sempre apresentam sintomas nos primeiros dias de vida, como é o caso do hipotireoidismo congênito.
 
“Esse teste salva muitas vidas. Um exemplo é o hipotireoidismo congênito, que, quando detectado precocemente, permite que o bebê receba um tratamento simples e de baixo custo. Com isso, a criança pode ter uma vida completamente normal. No entanto, se o diagnóstico e o tratamento não forem realizados a tempo, o bebê poderá desenvolver consequências neurológicas graves e irreversíveis, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento cognitivo”, reforça.
 
Para a médica, a conscientização da população tem avançado com o apoio de campanhas educativas. “Acredito que, com as campanhas educativas, estamos conseguindo desmistificar o assunto. A orientação dada pelo profissional de saúde, especialmente o pediatra, à família no momento do nascimento, é fundamental. Quando a mãe é bem acolhida e recebe informações claras sobre a importância do teste, a adesão é muito maior”, conclui.
 
O Dia Nacional do Teste do Pezinho é, portanto, uma oportunidade para lembrar que o diagnóstico precoce é uma das principais estratégias para garantir uma infância saudável, prevenindo danos irreversíveis à saúde dos bebês.
 
Sobre o Hospital e Maternidade Femina
 
Com mais de 45 anos de atuação, o Hospital e Maternidade Femina é referência em Pediatria, Obstetrícia, Ginecologia e Pronto Atendimento, oferecendo plantão 24 horas. A unidade também conta com laboratórios para análises clínicas e UTIs nas modalidades adulta, neonatal e pediátrica, garantindo atendimento de alta qualidade em diversas especialidades da saúde.

Fonte:Lumil Comunicação - Assessoria de Imprensa Femina