Enfermeiros são essenciais na pandemia e na reabilitação dos pacientes
12 de May de 2021
A pandemia mostrou ao mundo o importante papel que os enfermeiros e enfermeiras desempenham na saúde para manter as pessoas saudáveis ao longo da vida. Esses profissionais merecem todo destaque e atenção, especialmente, nesta quarta-feira (12.05), Dia Internacional do Enfermeiro. Neste ano, a data é celebrada mundialmente com o tema Enfermeiros: Uma Voz para Liderar - com o subtema “Uma Visão para o Futuro dos Cuidados de Saúde”, anunciado pelo Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN).
Com empenho e coragem, os enfermeiros lidam diariamente com as pressões inerentes à rotina e, especificamente, durante a pandemia foram expostos diretamente ao vírus por atuarem na linha de frente de combate à Covid-19. Muitos se afastaram da própria família para protegê-los, sem deixar de oferecer os melhores cuidados aos pacientes.
Técnica de enfermagem há 16 anos, sendo 10 deles no Hospital e Maternidade Femina, em Cuiabá, Eva Ferreira de Sousa, de 39 anos, diz ter receio pela família e pelos colegas de equipe todos os dias, mas nunca deixou de prestar a assistência necessária aos pacientes.
“Nesse enfrentamento à Covid-19 não está sendo fácil para nenhum de nós, tememos pela nossa saúde, dos nossos familiares e voltamos para casa com a incerteza da disseminação”, afirma Eva. Mas, independente de qualquer doença, ela lembra sempre do juramento que prestou como técnica de enfermagem, "de dar o meu melhor, acolher e oferecer o melhor para os pacientes, porque eles precisam de nós, desde aos mais pequenininhos, recém-nascidos, aos de idade avançada”, acrescenta.
Mãe de dois filhos, Eva é natural de Babaçulândia (TO) e chegou a Mato Grosso há 25 anos, na companhia da empregadora, que era técnica em enfermagem. “Desde criança cuido das pessoas, comecei trabalhando na casa de uma família, cuidando dos filhos da minha patroa que era técnica em enfermagem e que me incentivou na profissão”, relata.
Em 10 anos atuando na Femina, seis foram dedicados à UTI Pediátrica e UTI Neonatal, locais reservados para o tratamento de prematuros e de bebês que apresentam algum tipo de problema ao nascer. Eva também atuou no controle de infecção hospitalar e sala de acolhimento para as gestantes. Hoje, a profissional se dedica ao projeto “Cegonhas do Bem”, criado pelo hospital, que auxilia as mães a amamentarem seus filhos.
“Estou realizando vários sonhos, o meu, em prestar esse auxílio às mulheres, o de uma pessoa muito importante para mim, que é a doutora Fernannda e das mães que querem amamentar seus filhos”, conta emocionada. “Amo o que faço, nunca quis outra profissão, não tem coisa melhor do que o olhar do paciente, a gratidão”, conclui a técnica de enfermagem.
Para a enfermeira assistencial da Femina, Heloísa do Carmo Miranda, a profissão tem mostrado seus desafios, mas o aprendizado tem sido recompensador.“Apesar do sofrimento em ver tantas famílias perdendo seus entes queridos, me sinto realizada em ter aprendido a ser mais sensível no cuidado com o próximo”, declara.
A jovem enfermeira de apenas 29 anos acredita que a pandemia trouxe também reciprocidade. “Continua sendo um desafio ao desconhecido e, além da preocupação com o paciente, temos receio pela vida da equipe. Acredito que a pandemia está sendo um dos momentos onde mais praticamos a reciprocidade”, finaliza Heloísa.
Fonte:Luciane Mildenberger - Assessoria de Imprensa