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Covid-19, obesidade e sedentarismo aumentam casos de diabetes infantil

22 de Nov de 2022

Número de crianças com diabetes tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos. Isso porque, a diabetes tipo 1, desencadeada por alterações genéticas, era mais comum durante a infância e a adolescência, enquanto o tipo 2 era predominante em adultos, como resultado de maus hábitos. 
 
Na atualidade, no entanto, os profissionais da área da saúde, em especial, médicos pediatras, têm observado o aumento de casos de diabetes infantil, principalmente relacionados à obesidade, sedentarismo e ao novo coronavírus (Covid-19).
 
Conforme a pediatra Miriane Rondon, do Hospital e Maternidade Femina, em Cuiabá, existem dois tipos principais de diabetes e suas causas são distintas. “O tipo 1 tem mais origem genética, mas também pode ser ocasionada por alguns gatilhos e o tipo 2, está ligada à obesidade e ao sedentarismo”, explica a médica.
 
Miriane detalha que a diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é causada por uma reação autoimune que faz com que nenhuma ou pouquíssima insulina seja produzida pelo pâncreas, enquanto a diabetes tipo 2, acontece quando o organismo não utiliza a insulina de forma correta e não consegue manter os níveis de glicose dentro da normalidade.
 
“A diabetes tipo 2 é mais comum em adultos, mas temos que ficar atentos às crianças, porque, a longo prazo, a doença pode ter um impacto muito grande na saúde delas”, detalha. 
 
A médica afirma que nos últimos anos os profissionais têm observado aumento de casos de diabetes em crianças nas unidades públicas de saúde e nos consultórios, consequência de maus hábitos alimentares, sedentarismo e o novo coronavírus.
 
Pesquisas
 
Levantamento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, apontou risco 166% maior de desenvolver diabetes, 30 dias após infecção pelo coronavírus, entre a população com menos de 18 anos.
 
“As pesquisas apontam que nos últimos dois anos, tivemos Covid-19, e temos visto que pode ter associação, pois, além do vírus, que pode ser um gatilho, as crianças ficaram mais em casa, aumentando a obesidade e o sedentarismo”, frisou a pediatra.
 
Dentre os sintomas que precisam ser observados pelos pais, alerta a pediatra, estão sede excessiva, micção frequente e indisposição para brincar.
 
“O diagnóstico causa um impacto muito grande na vida da família. A criança precisará de acompanhamento com o pediatra, que irá indicar se vai precisar de insulina, além de apoio de nutricionista, psicólogo, pois é uma doença que não tem cura, mas com tratamento, a criança terá mais qualidade de vida”, esclarece.
 
Com controle adequado da alimentação e exercícios, a criança pode ter uma infância feliz e saudável. “Sobre o doce, a recomendação é diminuir a quantidade, não é que não pode, mas é preciso controlar a glicose, por isso, pedimos para reduzir e ter o acompanhamento do nutricionista”, concluiu Miriane Rondon. 
 
Sobre a Femina
 
O Hospital e Maternidade Femina atua há 43 anos em Cuiabá, nas áreas de Pediatria, Obstetrícia, Clínica-Geral e pronto atendimento com plantão 24 horas. Também conta com estrutura laboratorial de análises clínicas, no caso de exames solicitados durante os pronto-atendimentos. Ainda fazem parte de sua estrutura UTI adulta, UTI Neonatal e UTI pediátrica.

Fonte:Assessoria de Imprensa - Hospital Femina