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Mães contam histórias de superação sobre prematuridade

28 de Nov de 2022

Mãe de trigêmeos nascidos com apenas 24 semanas de gestação – a Organização Mundial da Saúde (OMS) define como prematuridade o nascimento antes de 37 semanas de gestação – Juliete Aparecida de Oliveira Torres, aguarda ansiosa pela alta para a filha sobrevivente, Isabela. A menina e os irmãos, Rafael e Manuela, nasceram em 22 de agosto, pesando 690 gramas.
 
“No pré-natal, eles estavam normais, não apresentavam problemas, mas com 24 semanas de gestação, comecei a sentir contrações”, conta a mãe. “O Rafael viveu 7 dias e a Manuela 10 dias. Eles não resistiram porque o rim ainda estava em fase de formação”. 
 
Isabela, nascida na mesma condição, lutou bravamente e conseguiu recuperar-se. Passados três meses, ela deve receber alta em breve. “Ela começou a mamar na mamadeira, estão estimulando a sucção e espero passar o Natal com ela em casa”, diz a mãe esperançosa com lágrimas nos olhos.
 
Na mesma UTI Neonatal, do Hospital e Maternidade Femina, outros casos de superação de recém-nascidos prematuros emocionam. Para Adriana de Souza Ferreira, mãe das gêmeas Valentina e Vicenza, nascidas em 26 de setembro, com 26 semanas de gestação, o diagnóstico do nascimento tão cedo foi assustador.
 
“O primeiro pensamento foi de medo, meu Deus, e agora? Será que elas vão conseguir, pensei, e aquela sensação de desespero, do primeiro contato com a UTI”, relata a mãe, explicando que as filhas tiveram que lutar muito, mas que é possível a recuperação de recém-nascidos prematuros.
 
Ela relata que tiveram dias que pensou que não veria mais as filhas. "Mas o cuidado do hospital e dos profissionais que aqui trabalham foi excepcional, pois todos são extremamente carinhosos com as crianças e com a família, nos fazem sentir bem-vindas e aceitas”, frisou Adriana, continuando. “Na verdade, são elas [enfermeiras e médicos] que cuidam, nós apenas olhamos, e presenciamos todo o cuidado da equipe com os bebês”, finaliza. 
 
A importância de acompanhamento pré-natal durante a gestação é fundamental para detectar doenças que possam prejudicar a formação do bebê, e inclusive, ocasionar o parto prematuro.
 
Um exemplo é a toxoplasmose, doença provocada pelo Toxoplasma gondii. Detectada com toxoplasmose na gravidez, Milleny da Costa precisou passar por parto de emergência, com 32 semanas de gestação. “Com 22 semanas de gestação descobri a toxoplasmose e não sabia como ele iria nascer”, conta Milleny, mãe do Lorenzo. O bebê evoluiu bem e não apresenta quadro de hidrocefalia grave, um dos prognósticos do nascimento com toxoplasmose. “Ele está se desenvolvendo bem e começou a mamar. Está sendo muito bem cuidado e logo poderá ir para casa”, disse Milleny.
 
Para Benício, que nasceu de 30 semanas e passou 48 dias na UTI Neonatal, a jornada de internação está quase no fim. A mãe, Renata Graziela dos Anjos Casali, sofreu complicação grave da pré-eclâmpsia, chamada de síndrome Hellp e precisou passar por parto cesárea de urgência.
 
“Foi um susto, o Benício nasceu e foi direto para a UTI. Passou 48 dias e agora está aguardando na ala canguru para receber alta. Sou muito grata ao Hospital Femina e toda a equipe, porque na UTI requer muito cuidado e o Benício foi muito bem tratado, por uma equipe extremamente atenciosa”, justificou feliz, Renata.
 
Cuidando com amor
 
Com mais de 19 anos de atuação no Hospital e Maternidade Femina, a técnica de enfermagem Alvina Leite da Silva Batista acredita no “dom” em cuidar das crianças. Desde 2007 prestando cuidados aos recém-nascidos na UTI Neonatal, a enfermeira acredita que o carinho e amor são necessários para a plena recuperação do prematuro.
 
“Todo cuidado que oferecemos aos bebês é um dom de Deus, por isso, zelamos com todo carinho e amor, pois sabemos que quando os pais deixam seus filhos, esperam que tenham o melhor cuidado”, frisa a enfermeira, relatando que não basta os procedimentos com medicação e outros cuidados, mas sim, o carinho ofertado.
 
“Quando a mãe não está, substituímos a mãe, cuidando para o melhor bem-estar desse bebê, com um toque, um carinho. Amo trabalhar com crianças e recém-nascidos”, enfatizou emocionada. 
 

Fonte:Assessoria de Imprensa - Hospital Femina