Femina realiza neurocirurgia complexa com paciente acordada para retirada de tumor cerebral
15 de May de 2023
Órgão vital e mais complexo do corpo humano, o cérebro é responsável por gerar todos os comportamentos do indivíduo, relacionando-se diretamente com a memória, raciocínio, linguagem e razão. Sem a cirurgia, a paciente poderia sofrer, no decorrer dos anos, com problemas na linguagem, inclusive com perda completa da fala.
De acordo com o neurocirurgião Felipe Guardini, responsável pela cirurgia, a paciente apresentava convulsões (quadro de epilepsia) e sangramento cerebral, provocados pela lesão cerebral, o cavernoma, que com o decorrer do tempo poderia afetar a fala, visão e os movimentos.
“O cavernoma pode ocasionar pequenos sangramentos, e no caso dela, estava na região do cérebro responsável pela fala. Com a retirada desse tumor, as chances de convulsões e sangramentos são menores, e no futuro, a tendência é estabilizar”, explicou o neurocirurgião, relatando que o procedimento foi bem sucedido e sem intercorrências.
Segundo ele, a cirurgia com a paciente acordada, algo incomum, acontece devido à localização do tumor em uma importante área do sistema nervoso central.
“Esse tipo de cirurgia é incomum, mas quando o tumor está localizado em uma região sensível do cérebro, é importante que o paciente seja estimulado para que a lesão seja retirada sem comprometer a fala, preservando a função cerebral e reduzindo o risco de sequelas”, completou Felipe.
Durante o procedimento, são aplicados estímulos elétricos nas áreas vizinhas ao tumor, enquanto o paciente é submetido a testes cognitivos e de linguagem pela equipe de neurologia. Antes disso, o paciente é sedado e recebe anestesia local para a primeira fase da cirurgia. Após a retirada do tumor, o paciente é novamente sedado para a sutura e finalização da cirurgia.
"Apesar de estar consciente durante parte do procedimento, o paciente não sente dor, porque o cérebro não tem terminações nervosas que captam a dor”, frisa o neurocirurgião.
Por fim, o neurocirurgião Felipe Guardini destacou que é preciso desmistificar a cultura de que apenas nas grandes cidades, como São Paulo, por exemplo, são realizadas cirurgias de alta complexidade.
"Em Cuiabá temos excelentes profissionais e estrutura técnica competente, como no Hospital Femina, para tratar da saúde e do bem-estar da população”, concluiu.
Novo começo
Com muita coragem, a paciente Letícia Campos da Silva, se manteve tranquila durante todo o procedimento, que para ela, representa um novo começo, com melhor qualidade de vida.
“Quando soube pelo Dr. Felipe que teria que estar acordada durante parte da cirurgia, confesso que fui surpreendida e, inclusive, quando contei para amigos e familiares, a surpresa foi ainda maior. Porém, me mantive tranquila e deu tudo certo”, conta Letícia, dois dias depois de passar pelo procedimento e já em alta médica.
Após a recuperação completa, Letícia, que é biomédica, pretende ingressar na faculdade de Medicina, para ajudar outras pessoas. “Agora vou retomar minha vida normalmente e tenho projeto de estudar Medicina, porque percebi, com toda essa experiência, que gosto de lidar com as pessoas e ajudá-las”, disse radiante.
Letícia, que reside em Rondonópolis, esteve acompanhada pela mãe, dona Lucilene, que fez questão de agradecer a equipe do Hospital e Maternidade Femina. “Agradeço ao doutor Felipe e toda equipe pela cirurgia da minha filha, porque o maior presente de uma mãe é ver a saúde de seus filhos”, acrescentou.
Fizeram parte da equipe de neurocirurgia, além de Felipe Guardini, os médicos Viviane Feitoza e Átila Monteiro, que participaram a distância. A equipe de neurologia foi composta pelos médicos Bruno Gumiero e Larissa Kozow.
Sobre a Femina
O Hospital e Maternidade Femina atua há 43 anos em Cuiabá, nas áreas de Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Clínica-Geral e Pronto Atendimento com Plantão 24 horas. Também conta com estrutura laboratorial de análises clínicas, no caso de exames solicitados durante os pronto-atendimentos. Ainda fazem parte de sua estrutura UTI adulta, UTI Neonatal e UTI pediátrica.
Fonte:Assessoria de Imprensa - Hospital Femina