No mês de maio, o Brasil promove a campanha ‘Maio Laranja’, iniciativa voltada para a conscientização e o combate à exploração sexual infantil. A campanha busca alertar a sociedade sobre essa grave violação dos direitos das crianças e adolescentes, além de incentivar a denúncia dos casos e a adoção de medidas de proteção. 

 

Conforme dados da campanha, disponível na página maiolaranja.org.br, a cada hora, três crianças são abusadas no país, sendo que cerca de 51% delas tem entre 1 a 5 anos de idade.

 

Para a pediatra Miriane Rondon, do Hospital e Maternidade Femina, em Cuiabá, uma das formas de prevenir os casos de abuso e exploração infantil é conversar com os filhos desde cedo sobre o tema, nomeando, por exemplo, corretamente os nomes das partes íntimas das crianças, sem apelidos ou brincadeiras.

 

"A partir do primeiro ano de idade, os pais devem começar a nomear as partes para as crianças e chamar pelo nome, vagina, vulva, pênis, nunca usar outras formas de falar, como pintinho. Sempre temos que chamar esses órgãos pelo nome e desde cedo”, orienta a pediatra.

 

A profissional explica ainda que a campanha busca ampliar a conscientização sobre a exploração sexual infantil, informando a população sobre os sinais de abuso e os mecanismos para denunciar casos suspeitos.

 

"A creche pode ser um aliado, pois os cuidadores e os profissionais podem ser os primeiros a observar os sinais de abuso na criança e informar os pais ou autoridades competentes. Eles podem ajudar muito”, salienta, citando também que os pais ou responsáveis devem conhecer bem o local, antes de deixarem as crianças.

 

“Os pais devem sempre conhecer o lugar, estar informados e participar ativamente das atividades, além de verificar se há mais de um cuidador por criança, pois nem sempre, os estabelecimentos possuem sistema de videomonitoramento, por exemplo, que auxiliam bastante nesses casos”, frisou. 

 

A campanha Maio Laranja desempenha um papel crucial na conscientização e combate à exploração sexual infantil no Brasil. Através de ações educativas, mobilização social e incentivo à denúncia (Disque 100, garantido o anonimato), busca-se criar uma sociedade mais protegida e comprometida com o bem-estar das crianças e adolescentes. 

 

 “É fundamental que todos se unam nessa causa, para que juntos possamos construir um futuro seguro e livre de abusos para as gerações futuras”, finaliza a pediatra.