Pediatra esclarece sobre os sinais de alerta da dengue em crianças
11 de Mar de 2024
O Brasil tem enfrentado um crescente número de casos de dengue em 2024, com o Ministério da Saúde monitorando de perto a situação desde o ano passado. O controle da doença e do mosquito transmissor Aedes aegypti permanecem como desafios significativos para a saúde pública, exigindo ações coordenadas em todos os níveis de gestão e participação ativa da comunidade.
Nos meses de março e abril, a preocupação das autoridades de saúde com a proliferação do Aedes aegypti persiste. Esse problema é especialmente grave em Mato Grosso, onde os informes epidemiológicos da Secretaria Estadual de Saúde (SES/MT) revelam milhares de casos.
A dengue em crianças demanda atenção redobrada de pais e responsáveis, que devem observar mudanças tanto físicas quanto comportamentais. Segundo a pediatra Miriane Rondon, que atua no Hospital e Maternidade Femina, em Cuiabá, os sintomas de dengue no público infantil, especialmente crianças maiores são semelhantes aos observados nos adultos, manifestando-se geralmente por meio de febre, dor de cabeça (atrás dos olhos), dores no corpo, fadiga, fraqueza, manchas, erupções, coceiras na pele e diarreia.
“A febre nas crianças pode durar de três a sete dias. Após o término da febre, os pais devem ficar atentos quanto aos sinais de alarme, como dor abdominal e vômitos persistentes, sangramentos em qualquer parte do corpo, como pequenos sangramentos durante a escovação dos dentes ou sangramento nasal”, explica a médica, enfatizando também sintomas como alterações na consciência, irritabilidade excessiva ou sonolência, e uma diminuição na produção de urina.
Ela alerta para sintomas, pois as crianças muitas vezes não conseguem comunicar o que estão sentindo, principalmente os menores e os bebês, ressaltando a importância de buscar ajuda médica imediatamente.
O diagnóstico em pacientes pediátricos é baseado na identificação dos sintomas, levando em conta o contexto epidemiológico. A confirmação pode vir de testes laboratoriais específicos, como isolamento viral, técnicas de PCR e sorológicos.
Conforme a pediatra, entre as recomendações às crianças estão o uso de repelente, o controle do ambiente por meio de telas e mosquiteiros, e o uso de roupas compridas. “Essas medidas são essenciais para prevenir a propagação da doença e proteger a saúde das crianças”, informou.
Quanto ao tratamento para as crianças, Miriane esclarece que além dos medicamentos prescritos individualmente pelo profissional, é importante ingerir bastante líquido. “O tratamento consiste no uso de remédios sintomáticos e na oferta de hidratação conforme a necessidade do paciente”, reforça a especialista.
Miriane também informa que a vacina está disponível na rede particular para crianças a partir de quatro anos de idade. No entanto, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a disponibilidade da vacina está sendo liberada apenas em alguns estados, mas até o momento, Cuiabá e o estado de Mato Grosso ainda não receberam essa autorização para disponibilizá-la.
Sobre a Femina
O Hospital e Maternidade Femina atua há mais de 40 anos em Cuiabá, nas áreas de Pediatria, Obstetrícia, Ginecologia e pronto atendimento com plantão 24 horas. Também conta com estrutura laboratorial de análises clínicas, no caso de exames solicitados durante os pronto-atendimentos. Ainda fazem parte de sua estrutura UTI adulta, UTI Neonatal e UTI pediátrica.
Fonte:Assessoria de Imprensa - Hospital Femina