Um ambiente acolhedor, com pouca luz e música suave, para deixar a mulher o mais à vontade possível durante um dos momentos mais importantes de sua vida, a hora de dar à luz. Assim é o “Parto Normal Humanizado”.

 

O método tem como premissas deixar a natureza fazer o seu trabalho, sem uso de medicamentos, realizar um mínimo de intervenções médicas e apenas as autorizadas pela gestante – sempre levando em consideração a segurança e saúde dela e do bebê.

 

Na água, de cócoras, sentada em um banco próprio para parto ou deitada em uma cama apropriada são algumas das alternativas dadas às mulheres na hora do parto.

 

De acordo com a ginecologista e obstetra do Hospital Infantil e Maternidade Femina, Alessandra Barboza, o parto humanizado nada mais é do que uma opção a mais e diferente de se encarar o trabalho de parto.

 

“É uma forma mais humana de dar à luz, pois permite que a paciente fique com o acompanhante que ela queira. Também deixa o bebê sempre perto da mãe nos primeiros momentos de vida, realiza os primeiros procedimentos com o bebê próximo da mãe e respeita o tempo do trabalho de parto”, explica.

 

A preparação durante o pré-natal é essencial, com orientação do médico, fisioterapia perineal, pesquisa e trabalho psicológico, por exemplo.

 

“A partir do momento em que a mulher opta pelo parto humanizado, ela precisa deixar isso claro para o seu médico e procurar se preparar. Outra coisa muito importante é, durante o parto, trabalhar o psicológico da gestante de que a cada contração ela está mais perto de ver o rostinho do seu bebê. Não é uma dor de sofrimento, é uma dor necessária”, aponta Alessandra.

 

A médica aponta ainda as vantagens para mãe e filho. “A paciente se recupera muito mais rápido, se mantém calma, já que fica com o filho o tempo todo próximo, o que traz um maior conforto emocional. Já o bebê nasce de uma forma mais tranquila e a amamentação acontece ainda na sala de parto, o que promove o vínculo entre mãe e bebê, tão importante no início da vida”.

 

Mãe de primeira viagem, Marina Avalone, nunca cogitou ter parto normal, mas ao engravidar passou a pesquisar mais sobre o assunto e optou pelo parto normal humanizado. No caso dela, toda a estrutura para o procedimento foi montada no quarto do hospital.

 

“Sempre tive receio de parto normal, mas ao engravidar passei a pesquisar, me encantei pelo parto humanizado e logo mudei de ideia. Procurei uma médica especialista e me preparei durante a gravidez com fisioterapia, pilates e hidroginástica”, conta.

 

Marina se tornou mãe de Lorenzo há cerca de dois meses e destaca a oportunidade de ter seu companheiro ao lado no momento do parto. “Na hora do parto, meu noivo pode me acompanhar e o ambiente fez toda a diferença, com velas, iluminação e música. Meu filho nasceu e ficou praticamente o tempo todo ao meu lado”, enfatizou.

 

ESTRUTURA – De acordo com a diretora da Femina, Ivana Fares, a procura pelo parto humanizado vem crescendo em Cuiabá. A Femina inaugurou recentemente um Centro Obstétrico totalmente equipado para o parto normal humanizado.

 

“É uma tendência no Brasil. Antes tínhamos um parto normal por mês e após a inauguração do Centro Obstétrico essa média já passou para 25 ao mês. As mulheres estão cada vez mais se conscientizando dos benefícios do parto normal e sendo apoiadas pela família e pelos médicos”, pontua.

 

Assessoria de Imprensa Femina - ZF Press