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Pediatra fala da importância do leite materno e estimula a doação

19 de May de 2016

À primeira vista, o leite materno pode parecer apenas mais um alimento, especialmente nutritivo, e melhor adaptado às necessidades do bebê. Entretanto, esse líquido – além de ser um alimento fundamental – é um canal de comunicação em que a mãe transmite ao seu filho ferramentas essenciais para sua sobrevivência.
 
Está comprovado que o leite materno contribui para a redução da mortalidade infantil e infecções no bebê e, também, a saúde da mãe é beneficiada com a lactância. Para lembrar esses aspectos, hoje, 19 de maio, comemora-se o “Dia Mundial da Doação de Leite Humano”.
 
"O leite materno é o mais completo. Somente o leite materno tem fatores de proteção no período neonatal que são essenciais para o bebê, por exemplo”, explica a pediatra neonatologista Fernannda Pigatto, diretora técnica do Hospital Infantil e Maternidade Femina.
 
A pediatra enfatiza que, devido aos benefícios à saúde do bebê, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que ele se alimente exclusivamente do seio da mãe durante seus seis primeiros anos de vida. Depois, durante pelo menos mais um ano, como complemento da comida sólida. Somente na última década, a taxa de mortalidade infantil caiu praticamente pela metade (47%) no Brasil devido ao aleitamento e em virtude de campanhas de incentivo à amamentação e doação de leite materno.
 
Vale destacar que o leite produzido pela mãe está em constante adaptação ao desenvolvimento do bebê e se apresenta em três fases: o colostro (até o 5º dia de vida), o leite de transição (6º dia de vida até a 2ª semana pós-parto) e o leite maduro (após a 2ª semana pós-parto).
 
"Existe um mito de que o leite materno é fraco, que ele não é suficiente para matar a sede do bebê. Isto está errado. O leite humano é perfeito. Até o sexto mês, não é necessário dar chá, água, sucos ou qualquer outro alimento. Os melhores leites de fórmula disponíveis no mercado são, na verdade, leite de vaca em pó que sofreram modificações para tentarem se aproximar do leite materno", aponta Pigatto.
 
Amamentar também apresenta diversos benefícios para a mulher. Entre eles, está a prevenção de hemorragia pós-parto, a contribuição para o processo de remineralização óssea, a atuação como método contraceptivo e a promoção da perda de peso, por exemplo. "As vantagens da amamentação são infinitas. Ela auxilia, até mesmo, na redução do risco de desenvolver câncer (mama e colo de útero) e protege contra a diabetes tipo 2 – a cada ano de amamentação, diminui em 25% o risco”, pondera a pediatra neonatologista.
 
DOAÇÃO DE LEITE – Sem comprometer a amamentação, as mães também podem fazer a doação do leite materno. O Hospital Infantil e Maternidade Femina é um dos postos de coleta de leite materno em Cuiabá. A instituição é associada ao Banco de Leite do Hospital Universitário Júlio Muller.
 
Para doar, a lactante deve estar saudável e não tomar medicamento que interfira na amamentação e na doação, além de apresentar os exames iniciais do acompanhamento gestacional, como o de Sífilis, HIV, Toxoplasmose e Rubéola.
 
As doações podem ser feitas a partir do parto até enquanto a mulher produzir leite. O frasco para armazenamento deve ser de vidro, de boca larga e com tampa de plástico (do tipo café solúvel). Deve-se retirar o rótulo e o papel de dentro da tampa. A coleta pode ser feita tanto manualmente ou com uma bomba (ambas devem ser esterilizadas) – e realizada várias vezes ao dia.
 
Após coletado, o leite materno doado é encaminhado ao Banco de Leite do Hospital Universitário Júlio Muller, onde é pasteurizado e redistribuído para atender as necessidades das UTI's neonatais.
 
Mais informações pelos telefones: (65) 2128-9064 ou 2128-9183.
 
Assessoria de Imprensa Femina - ZF Press

Fonte:Assessoria