Comportamento masculino prejudica o diagnóstico do câncer de próstata
19 de Nov de 2018
Só em 2018, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima o surgimento de 68.200 casos de câncer de próstata. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que neste ano a doença atingirá 85 mil homens. Em meio a este contexto, a campanha Novembro Azul existe para conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao câncer de próstata.
“É um assunto delicado, pois passa por nuances de preconceito, e merece a atenção dos hospitais de todo o Brasil. A Femina procura esclarecer os seus pacientes e, sobretudo, levar informação aos mato-grossenses”, declarou a médica e diretora-técnica do Hospital Infantil e Maternidade Femina, Fernannda Pigatto.
O câncer de próstata é uma doença silenciosa, no entanto, conforme o câncer progride, surgem sintomas como a dificuldade para urinar, retenção urinária aguda, insuficiência renal, sangramento na urina, emagrecimento, dores nos ossos e até fraturas.
SAÚDE DO HOMEM – A urologista e cirurgiã-geral Vanessa Guimarães Carellos Silva explica que a alta estimativa do câncer de próstata não se deve apenas aos fatores genéticos, mas também ao contexto social. De acordo com a especialista, a saúde dos homens é deixada de lado por diversos motivos; dentre eles, o medo do diagnóstico, a negligência ao tratamento médico e às consultas de rotina.
“Dados da OMS mostram que homens vivem, em média, 7,6 anos a menos do que as mulheres. Isso alerta para o fato de que a saúde completa do homem está sendo deixada de lado, portanto sem os cuidados preventivos surgem mais casos fatais de câncer de próstata”, destacou.
Os indivíduos inclusos nos grupos de fatores de risco do câncer de próstata, pertencentes à raça negra ou com antecedente familiar da doença, deverão iniciar a prevenção aos 45 anos de idade.
Mesmo fora do risco, todos os homens com mais de 50 anos devem ir anualmente ao urologista para que seja colhida a história clínica, solicitado o PSA (exame de sangue que auxilia a detecção precoce da doença) e realizado o exame de toque retal.
“O tão temido exame do toque é muito rápido, dura segundos, e não é um bicho de sete cabeças. Tanto o SUS quanto a rede privada de assistência médica podem oferecer esse atendimento”, concluiu a urologista.
Fonte:Assessoria