Anestesia não deve ser encarada como ‘bicho de sete cabeças’, afirma médico
10 de Dec de 2019
A história da anestesia é tão antiga quanto a da própria medicina. Não são incomuns relatos de processos cirúrgicos no Antigo Egito, Grécia ou China. Para suportar as dores, cada sociedade agia conforme as ferramentas que possuía: usar neve como anestésico, embriagar o paciente ou, ainda pior, amarrá-lo a força.
Só a partir de 1831 é que substâncias como o clorofórmio e o éter começaram a ser utilizadas. Ambas, no entanto, eram inaladas e faziam com que os pacientes “dormissem”. Sem analgésicos potentes para o pós-cirúrgico, a anestesia foi sendo relacionada à tortura e dor. Não é diferente atualmente e, principalmente, não é incomum que o medo da anestesia seja um dos principais quando o tema é parto.
“Sim, a anestesia é um dos maiores medos das gestantes até hoje. São muitas perguntas sobre o tema e é compreensível, uma vez que a história da anestesia na atividade médica é relativamente nova e há uma herança cultural muito ligada às complicações e riscos”, confirma o anestesista Fabio Sagin, que atende no Hospital e Maternidade Femina, em Cuiabá.
Responsável por recente palestra no hospital sobre os mitos e verdades sobre a anestesia no parto, Sagin também lembra que a informação é a principal ferramenta para as mães, sendo de primeira viagem ou não.
“A medicina e as medicações evoluíram muito no Brasil e no mundo. Hoje, existem várias técnicas novas, muito mais seguras e tranquilas. Elas precisam entender que a anestesia é uma ferramenta que vem realmente para ajudá-las e que precisa ser vista como uma opção para ajudar no trabalho de parto. O objetivo é sempre tirar a ansiedade da mãe, informar como são feitos os procedimentos, os riscos e todas as possibilidades que existem para ela passar por esse momento tão aguardado e esperado, da forma mais tranquila e calma possível e, principalmente, sabendo quais as opções”, pontua o anestesista.
Fonte:Assessoria