Após 58 dias entubado na UTI, paciente vê o céu de Cuiabá
28 de Sep de 2020
Uma luta pela sobrevivência. Foi assim desde que Edmilson Frazão de Almeida, de 47 anos, deu entrada no Hospital e Maternidade Femina, no dia 8 de julho, vítima grave da Covid-19. Curado da doença, depois de quase três meses de internação, sendo 65 dias em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com entubação orotraqueal em 58 deles, o paciente se prepara para receber alta.
Ao ser extubado, no dia 17 de setembro, foi a maior alegria na UTI, com parte da equipe chorando de felicidade e outros pulando em comemoração pela recuperação do "seo Ed", como é carinhosamente chamado pelo time da UTI adulto e enfermaria de clínica médica do Hospital Femina. Agora que ele já não precisa mais do respirador, recebeu um corte de cabelo e foi levado com todo cuidado até a varanda do quarto para ver novamente o céu de Cuiabá.
A médica intensivista e visitadora da UTI de adultos do Hospital Femina, Thays Simões, comenta sobre a preocupação contínua de toda a equipe em relação à humanização e o conforto dos pacientes e seus familiares. "É uma enorme vitória do paciente e de toda a equipe do hospital que está ao lado dele, fazendo de tudo e torcendo para que ele se recupere logo. Levar o paciente para ver o céu parece bobagem, mas faz toda a diferença para a recuperação do paciente depois de tanto tempo entubado. Agrega vontade de viver", completa.
Sentindo o calor típico cuiabano e o pôr do sol vibrante, Edmilson se sentiu abraçado pelo gesto de carinho e humanização da equipe que o acompanhou na varanda. "Foram vários dias acordado com tubo na boca, tentando conversar, escrevendo recados, e a esposa dele, a Cláudia, sempre ali do lado, presente. Houve momentos bem difíceis, em que tivemos medo de perdê-lo, mas tudo correu bem e hoje podemos comemorar com muita alegria a vida do seo Ed", descreveu um dos enfermeiros da UTI.
Mais de 300 altas
De fevereiro, quando começou a pandemia do novo coronavírus, até o início de setembro, já foram mais de 300 altas hospitalares de pacientes no Hospital Femina, recuperados da Covid 19. A UTI para adultos do estabelecimento, está entre as mais seguras do país, se igualando ao que há de melhor nos grandes hospitais do país.
"A nossa preocupação está alicerçada em dois pilares, segurança do paciente e humanização. As histórias do Edmilson e de outras centenas e milhares de pacientes do hospital fazem a história da Femina", destacou o médico infectologista Abdon Karhawi, coordenador da UTI adulto do hospital.
Recentemente, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) enviou um ofício parabenizando todos os profissionais de saúde da Femina pelo trabalho incansável no tratamento à doença, realizado em benefício da população mato-grossense e dos médicos infectados que foram atendidos no local.
Fonte:Luciane Mildenberger - Assessoria de Imprensa